De uma pequena fresta surge um universo de sentidos. Como numa
fenda algo pode se instalar ou invadir, e até mesmo se espaçar? É um número que
só o amor pode conjeturar. De grão em grão em meio à cumplicidade são
construídos alicerces sentimentais que ao final de tudo, fica o espaço criado pelo
amor ou o vazio deixado por ele. Um mutuado de expectativas e esperanças desliza
em nuvens de sonhos enquanto milhares de pesadelos limpam o céu de quimeras. A
realidade é a carta de anuência para o efêmero cotidiano. Seria um nó do acaso
improvisado por um laço em falso a busca por patentear os sentimentos a outrem.
São tantas paredes testemunhas das insônias, tantos sorrisos estampados de
plenitude, tantos equilibristas da razão e emoção, tanto amor surgido, “morrido”,
“matado” e renascido, tanto amor, tanta dor. Que de aprofundar-se, cicatriza;
que de esvaziar-se, transborda; que de dilacerar-se, sossega. E os pontos de
cada nó rompido se tornam laços, e cada laço dado é um nó que se deu. Um ato
que desata quanta dor que vira dó. Caberia no mesmo lugar o esmagamento e a
liberdade gerada por amar, ou romperiam fitas de tanto entrelaçar a convivência
e sua pluralidade? É, o amor é mesmo singular!
Um comentário:
Bonito Dani...poesia urbana vívida, mas que busca um tempo essência do passado inspirados, de maneiras esquecidas pela maioria...palavras de quem sente a intensidade, que ama e desama..........a decadência que é o segredo da vida, com seus ciclos que renovam, com as crises que nos transformam. Que fala de amor carnal mas que é frágil e explosivo ao mesmo tempo. Que morde mas beija e é mais meigo e inocente que selvagem........sinto uma revolta que nos entorse a todos, mas a esperança de um herói que morre porque não teve tempo de correr heheh....
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