Não nasci para cálculos. Não meço palavras, perco os sentidos
e os centímetros, avalie os sentimentos. Para os fardos da atualidade e a busca
incessante do ser, a reciprocidade não anda de vento em popa. Pasmem! O
cenário frio e calculista dos tempos modernos é retrógrado e vago. É veemente o
traço da fugacidade encontrado nas projeções de vida e sua conjuntura
folclórica. O romance foi assassinado. Na prática, a luta entre os sexos, é
vista burlando a boa-fé da
espontaneidade. E o que se assemelha a um personagem poético, é dotado de uma
inocente ingenuidade. “Sabe de nada inocente”. Porque nada disso é verdade!
Tudo é calculado. A aptidão para os números é multiplicada pelos corpos,
subtraída pelo vácuo e somada ao descaso.
Desejam praticar o desapego, apegados ao passageiro. Olha o passeio! Dar
as mãos é coisa do passado, estão passando é a mão mesmo. A flor da pele fica
os nervos com a falta de senso, raros são os arrepios em meio aos poros
sufocados de desdém. Os beijos efusivos tornaram-se tentativas de forçar a barra. Parece que as pessoas hoje em dia são maquetistas deste
cenário onde o dissabor acarreta uma aptidão para esquivar-se do romance. A
frase clichê “quer romance, compra um livro”, virou música popular
complementada pelo filósofo Mr. Catra “quer fidelidade compre um cachorro e
quer amor volta pra casa da mamãe”. A tendência é esta! Os espertinhos (as) de
plantão implantaram nas mentes estéreis a ideia de poder como meta sem baldrame
para conquista. Nada se ganha sem o devido mérito. “Bonito isso, né? Eu li num
livro”.
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