Não falta amor. Falta amar!



Demorou! Levou tempo para que eu pudesse juntar todos os pedaços do meu coração que a mágoa jogou no chão. Quebrou! Torceu tudo aqui dentro enquanto eu não conseguia consertar. Desmanchou! Acabou a dor de todos os contos de amor. Cicatrizou! Doeu toda  ferida que mergulhei, fiz sangrar a alma e estanquei.  Comprei viagens, bebidas e livros. Fugi do tempo, do sonho e da mente. Abracei o vazio e me deixei ecoar. Não quis criar um monstro, nem pagar na mesma moeda, muito menos me enfraquecer de impulsos. Roubaram! Fraudaram os personagens de uma história que criei no passado para alimentar um presente falso. Destruíram!  Varreram até a pureza, única coisa que me fazia manter a fábula intacta.  Devorei! Engoli a seco as verdades que carrego, calei minha essência e travei um grito preso na garganta. Esqueci! Deletei a imagem daquele dedo sujo que me apontou. Arremessei! Joguei a toalha e desisti de provar, de provar o desamor. Prometi! Falei baixinho no meu ouvido que agora é tempo de amar. Restaurei. Devolvi o amor pro meu coração que é o lugar onde deve morar.  Consciência limpa, mente aberta e amor no peito nunca se desgastam e mágoa é como um rio que passa. Passarinho! A gente só dá o que tem. Eliminei! Matei mil leões por dia e o que ficou agora é livre. Libertei! Baixei a guarda, me distraí e sem querer eu percebi que já não estava mais ali, juntando os cacos que deixei cair. Voltei! Acordei para amar e sorrir.



Podem nos tirar tudo, menos a nossa verdade. 


Um comentário:

Anônimo disse...

Fico impressionado com tanto sentimento e beleza. Quando você passa o mundo realmente fica cheio de graça e eu me encontro a sonhar. Um abraço do seu admirador, Joca.