"Ela balança mas não para"



Quem aponta o dedo, nem sempre observa as unhas sujas. Todo mundo é vítima de algo quando contrariado e assumir o papel de vítima é culpar alguém por algo errado. Porém, entender que devemos ser exemplos pra poder criticar é uma regra básica da civilização. Quando você julgou aquele fato, você se colocou no lugar do outro, pesou tudo que fez? Separou o comportamento mimado e entendeu que super potencializou o fato? É muito mais fácil se defender soltando as feras internas né? Mas pra mim isso é masoquismo. É não expor o verdadeiro sentimento. Deixar pra pensar com a cabeça fria depois do que disse da boca pra fora é um ciclo vicioso da covardia. Nosso sangue é quente, nossa pele é quente, não é humano e vital esfriar. Longe de mim carregar algo que não quero, prefiro assumir as consequências das minhas escolhas por sentir e sentir sempre mais. Não quero anular o prazer de ser eu mesma. É da naturalidade e da leveza que a vida acaba nos surpreendendo e abrindo as portas. Deve ser tedioso viver fechando os olhos, o riso e o coração por um capricho bobo.  Prefiro ser culpada pelo desequilíbrio no qual me jogo na vida, do que não viver. Prefiro superar uma injustiça me libertando do que me vitimiza do que ser prisioneira de mim mesma. Posso ainda ter pureza, mas tô longe de ser uma mocinha indefesa. Passa amanhã!

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