Zéfiro


Meu coração meteorológico recebeu uma radiação solar com pressão atmosférica do ar e na rotação de segundos me vi a cantar. Eram notas musicais com mistérios da lua, poesia nas altas montanhas e brisa a me acalmar. Fiz meus pensamentos voarem na mesma direção que a ventania me levava e de repente senti o vento me encantar.
 
Voei como o vento, sendo brisa. Senti o sabor das águas, o canto das árvores, o alerta das chuvas e o clima das estações no mesmo instante que vi o mundo parar. O crepúsculo vespertino acendeu todas as luzes da minha alma ao sentir a energia do vento passar. Intenso, lento, agitado e perspicaz como um vendaval levou com o tempo meus pensamentos e invadiu como revoada a minha essência. Passei a suspirar! 

Não resisti ao canto do encanto em ventarolar. Redemoinhos me inspiravam e meu coração seguia apenas um caminho. Eram tipos de sopros cardíacos que me faziam sentir cada respiração, um tipo de furacão que me tirava para dançar, um tipo de fenômeno que pairou no ar. Desatino do destino me vi na fogueira soprada pelo vento e me aqueci.  O vento passou...


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