Mal chegou e já sentou na janela.
De repente ele passa e leva de mim todo o encanto. Com uma voz mansinha de quem
canta pra embalar a alma e sacudir o que há 6 meses estava adormecido, cansado
e ferido. Ao me olhar como se não pudesse ser visto, era uma vitrine para os
meus olhos vidrados naquele jeitinho tímido de quem sabe o charme que tem. Enquanto
dedilhava os teclados como se tocasse piano e sonorizava com os lábios como se
tocasse violão, ele sorria como se fosse a cortina do meu coração. Tentei fazer
um rascunho das marcas dele, mas são tantos traços fortes que fica difícil
desenhar; música no sangue, estilo na
veia e um tô nem aí pro que vão falar. Da visita improvisada recebi um cartão que me fez admirar mas como uma brisa que passa e deixa um cheirinho no ar. O detalhe do rabisco, é um risco,
porque ele sabe amar e eu suspiro desviando o olhar.
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