A distância que alardeava a saudade
até mesmo em aerosol do "rexona dry comfort 48h", parece ter deixado
o seu cheiro pairando no ar. Os centímetros de agora se distanciam pela
imaturidade em saber levar a convivência.
A dança é de lamento como um blues, os toques são de lembranças e as
palavras do silêncio torturante da mágoa. Arquitetonicamente
o dosador dos lados que se viram em muxoxos, bicos e bufadas. É visível quando a decisão se chama
precipitada e o amor uma interrogação. No lugar do espectador é aparente que não
há motivos, enquanto o personagem da viagem analisa suas escolhas.
Ora! Abrir um conjunto de malas e preenche-las dos melhores sentimentos, assim como listar as infantilidades fora da bagagem. Decidir é ainda o verbo da questão. Abdicar daquele cantinho, ir de encontro ao desconhecido, embarcar durante horas contando os minutos para felicidade é ser determinada. Mesmo que exigências frívolas se façam irrisórias diante todo o impasse do desembarque. O ponto de partida sempre foi e sempre será a busca do ser humano- ser feliz- e não criar cenários melancólicos para culpas inexistentes da razão através de pensamentos negativos. Quando se quer tudo é positivo, o não, não existe.
No lugar da chegada portas se fecharam na brincadeira de ser adulto, enquanto as palavras proferiam planos de despedidas em meio a aforismos maternais, assim como o prazo de moradia uma sentença de culpa fantasiada e muitas noites mal dormidas. Até mesmo um bolo de doce amargo ficou porque quem é multidão, não pode invadir solidão. E aí vem o peso do bagageiro quando está lotado. Talvez seja pelo costume de ser solitário e vazio que o barulho dos sentimentos em conflito o deixa sufocado. Já dizia o grande poeta, ninguém é feliz sozinho. Mas quem sabe se sozinho é ser a função de quem se adaptou a solidez.
Não importa a quilometragem. Voltar é o mesmo caminho de ida, sem
amarras e sem excessos. É costurar mais uma mala de experiência de quem têm a sabedoria
de viver a sua verdade. Sem rompantes, sem insultos verbais de consideração. É
capitular mais uma página da vida desenhada de peito aberto e consciência
tranquila. Encarte que descarta tristeza.
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