Eu tenho um príncipe. Ele é o padrão
dos contos da vida real, lindo e dono de um “cavalo” branco de quatro rodas. O espelho dessa história não tem bruxas,
porque reflete apenas o ego imaturo dele, que eu gostaria que ficasse preso à
moldura. Eu sou da noite e seus
encantos, do lirismo. Ele é do dia, enérgico como o sol. Seu sorriso parece iluminar o meu mundo que às
vezes para, e ele faz girar apenas em torno dele, como um astro rei a me coroar.
Porque ele é desses que não finge sentimentos e esconde as dores, um tipo de
mistério que toda mulher gostaria de desvendar. Mas que só eu consigo.
Quando a gente se olha, as
estrelas parecem bailar. Apesar do nosso dialeto, o sorriso é o som que destoa
o silêncio, suficiente por não exigir de vocabulário. A urgência se perde em
horas e a gente perde a noção de tempo. Nossos olhos compartilham das mesmas
sensações musicais, trilha de cada momento que estamos juntos. São tantos, Vinícius Moraes que o diga! Cada
parte de nosso corpo tem uma rotina de manias e carinho particular, do cabelo
aos pés.(pontinha, bolinha, magalice, chu..., fl...,) São muitos ien ien ien
pra pouco mimimi, porque levamos a sério o ato de namorar. Pensamos num futuro
juntos.
Ele se acalma nos meus braços e
eu fico calma em seu colo. Ele enxuga minhas lágrimas com as mãos do
entendimento e faz cada uma ter explicação ao me fazer sorrir. A gente chora
junto. Eu sou pra ele “toda ouvidos” nos dias em que a saudade de casa resolve
apertar. A gente dança junto. Ele é muxoxo, eu sou bico. A gente tem umbiguismo agudo quando nossas vontades
são contrariadas. Ele é sentimental, eu sou romântica. Nós somos ciumentos. Não
gostamos de telefone, mas a distância costuma esquentar as orelhas no
troca-troca de direita e esquerda. Preferimos
a webcam. Ele faz pra ontem, eu cumpro o prazo. Eu encaro o problema, ele
prefere fugir. Aprendemos juntos que as DR´s são necessárias. A gente se complementa
como um eclipse.
Antes fosse feito de fábulas as
páginas de nosso livro. Nosso castelo está sendo construído com muitas pedras
encontradas no caminho, onde as ondas não podem derrubar. Algumas pedras são
preciosas e difíceis de lapidar. Mas nossa empresa de construção é a “Tio Patinhas”
do amor, o que não está fadado à falência. O amor é fonte de luz inesgotável, derruba
muros, reergue muralhas. A felicidade encontrada nos enigmas da vida está na
mudança moldada para melhorar a relação. A união realmente faz a força. E o
personagem dessa história é um homem de todos os momentos bons e ruins, às
vezes do jardim da infância, mas sempre do meu lado. É uma narrativa sobre quem
me faz ter dias plenos como num conto de fadas, entre tantos outros reais.
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