Não há renúncia, apenas querer... Esse olhar intenso aparenta uma luz que me atrai, me fazendo seguir passos tão demorados. E a tranqüilidade começa a ficar inquieta nessa leveza com assaz reticências. Então, abro aspas para meus pensamentos acrobatas de idéias mirabolantes e coloco na corda bamba pontos de reflexão. Distraída me perco nessa tímida brandura de sentimentos. E na leveza dessa dança, contorcida, de lado a lado, rodopio na liberdade dos passos.
Não há silêncio em meio à marulhada... O pensamento faz telim, estremecendo o corpo que respira ofegante. Projetando a fala muda, a face sombreada e o desejo faiscante. Fazendo a prática límpida dardejar, repetidamente sem cobrir o palpitar das horas que alardeia. Então o improrrogável suspiro atenua sem querer a chama do agora. Adormecendo num ritmo descompassado, em tempo e espaço- voraz. Lentamente detalho formas de abrandar o cálido capricho.
Não há vazio, nesse turbilhão de sensação... O limite de fazer o bem só o bem segue seu honorário com predileção. Projetado em algo mais intenso, livre de apego ou desapego. Nada vertiginoso. From outside to inside. A naturalidade contida na beleza e na surpresa de cada estação. Uma verdadeira entrega do infinito momentâneo que faz jus- o presente, o hoje, o agora. Um júbilo poético de viver.
*O tempo é mutável, cabe a cada um mudar a rotina de seus capítulos no diário da vida.
2 comentários:
Adoro seus textos.
" A naturalidade contida na beleza e na surpresa de cada estação...!"
Amo esses textos
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